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terça-feira, outubro 04, 2011

Pornografia ou violência e crueldade?



Fiquei chocada com o texto do blog Contra Machismo. É uma entrevista de Sonali Kolhatkar - co-diretora da "Missão das Mulheres Afegãs" e apresentadora e produtora de um programa de rádio lá dos E.U.A - com Gail Dines, uma socióloga que lançou um livro chamado "Pornolândia: Como a Pornografia Sequestrou nossa sexualidade".

Gail Dines faz um histórico, digamos assim, da "evolução" da pornografia e diz que a pornografia de 10, 15 anos atrás não é a mesma. Hoje em dia o termo mais correto seria algo como crueldade sexual ou estupro. É chocante saber que muitas atrizes pornô chegam a ter "prolapso" anal - o ânus literalmente cai e precisa ser costurado de volta! Eu nem imaginava que isso podia acontecer! oO'

Outra coisa a se pensar: existe uma espécie de "modalidade", onde mulheres com 18 anos, normalmente, se vestem e se comportam como se fossem adolescentes bem novinhas. Gail Dines entrevistou estupradores e constatou que grande parte deles começa a ver pornografia "infantil" legal (com maiores de idade simulando ninfetinhas) e depois partem para a pornografia infantil em si, com crianças. E daí para concretizar a pedofilia é um tempo muito curto! Em média 6 meses.
Claro que se alguém procura pornografia com pessoas que se parecem crianças, já é um sinal de desequilíbrio. Mas talvez (ou com certeza), essas imagens estimulando o tempo todo, façam esses criminosos tomar coragem.

Em uma página oficial do governo (senado), tem uma definição bem completa do que é pedofilia. Quem quiser dar uma olhada, o endereço é este aqui. E olha... Apesar de dizerem os psiquiatras que a não satisfação dos desejos desviados de um pedófilo traz sofrimento a eles, eu quero mais é que se exploda (já tive aulas com um psiquiatra que reafirmou isso). Ora, todos nós temos frustrações! Seja de natureza sexual, econômica, afetiva e por aí vai. Se fosse assim, todos nós deveríamos ser considerados "doentes" ou transviados. Dá um tempo...
Isso deveria ser tratado com mais rigor, pois traumatiza muita criança - que virá a ser o adulto de amanhã. Só para constar, sou a favor da castração química e até da física - apesar de que um cara desses pode usar outros recursos para penetração. De qualquer maneira, um bom "estágio" em uma cadeia com outros presos e prisão perpétua já estaria de bom tamanho.
Eu sei que na teoria, a prisão seria para reabilitar um indivíduo à sociedade. Mas um pedófilo nunca deixará de ser um.

Enfim.. Leiam a entrevista que citei acima, é ótima para refletir "a que ponto" nossa sociedade chegou (o link está no nome do blog no começo do texto).


*Imagem encontrada em Mundo Pt.

2 comentários:

Gel Aquino disse...

Castração não resolve. A violência sexual pode ser sutil, sem marcas físicas, pode ser até sedutora para a criança (que não entende o que está acontecendo) de forma que ela aceite e participe como se fosse só carinho. Pode ser confuso o suficiente pra que ela não queira se afastar do agressor, por conta dos sentimentos ambivalentes (principalmente quando o agressor é da família). Também nem toda pessoa que violenta uma criança é pedófilo(a). Violência sexual tá muito mais atrelada a relação de poder, acredito, do que a desvios individualizados. Porque mulheres e crianças são as maiores vítimas, e homens os maiores agressores? É, olha aqui o machismo mais uma vez. E esses caras são vítimas da sociedade machista também, então também precisam de atenção e tratamento. Não tô justificando a atitude, de forma alguma, essas regras sociais devem ser seguidas. Mas se eles também sofreram violência pra chegar ao ponto de fazerem o mesmo, precisam de mais do que punição pra que a gente evite que essa prática se perpetue.

Gel Aquino disse...

Quando digo que eles sofreram violência, não me refiro à violência sexual. Essa coisa que "quem sofreu depois repete" é uma falácia, pq se fosse verdade, teríamos mulheres como maioria nas agressões.