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sábado, abril 30, 2011

Somente "pra inglês ver"?

Nessa última sexta-feira - dia 29 de abril de 2011 - brasileiros, mexicanos, franceses, alemães, argentinos, estadunidenses, canadenses, portugueses, espanhóis, dinamarqueses, russos, australianos, chineses... Enfim! Milhares de pessoas do mundo inteiro pararam para assistir a transmissão do "casamento real".


O barango do príncipe William e a "plebeia".

A Grã-Bretanha, com toda certeza, deve ter faturado muitas libras esterlinas com o turismo e outras "cositas más". Escolas de etiqueta também já fizeram propaganda e entraram no "negócio", afirmando poderem transformar meninas plebeias em futuras princesas.

Pessoas comuns do mundo todo ficaram enlouquecidas para assistir pessoalmente ao teatro do casamento real, como uma mexicana que fez greve de fome em frente a embaixada da Inglaterra no México. Uma alma caridosa quis ajudá-la, pagando passagem, hospedagem e tudo mais, mas a moça foi barrada lá em Londres e deportada logo em seguida (para ler mais sobre essa bizarrice, clique aqui). Essa alma caridosa bem que poderia usar esse dinheiro gasto inutilmente por uma causa tão ridícula, com algo realmente nobre. Creio que poderia distribuir algumas cestas básicas aos pobres mexicanos...

Todos os holofotes internacionais virados para um acontecimento tão banal como é um casamento, me levaram a relembrar daquele filme que já citei aqui em uma postagem anterior, o "Mera Coincidência". Países europeus junto com E.U.A. e aliados bombardeando, "coincidentemente", países dos quais dependem - os produtores de petróleo.

Colocaram em segundo plano uma guerra importante para dar relevo a uma palhaçada de evento "monárquico" - fato bem distante da realidade de milhares de pessoas.
Certo é o presidente da Nicarágua (em matéria do Opera Mundi), que fez as seguintes declarações:

  • "O casamento é celebrado, enquanto todos seus símbolos e suas mãos estão manchados de sangue e enquanto os povos são bombardeados lá na Líbia".
  • "Aqui (na Nicarágua), os príncipes e os reis são os trabalhadores, os camponeses e o povo, que estão em seu direito de celebrar esta data (Dia do Trabalho)".

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